segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Não te enganes nem te envaideças


O homem moderno imagina que é auto-suficiente em todos os assuntos e, por isso, procura fora de si respostas para as suas fraquezas. Instrui-se em livros e livros de auto-ajuda, busca com psicólogos as respostas e justificativas para seus desequilíbrios; na psicanálise aprende que é um fim em si mesmo. Dos consultórios sai aliviado, mas sem perceber que está preso, pois necessitará de dias e dias de muita terapia. Passam-se anos sem resultados concretos. É como um sino que reproduz o som. Sua alma está em desarmonia. Não existem mudanças profundas. Seu coração continua pesado de rancores, mágoas e cheio está de angústias e aflições. Apesar disso, não admite ser admoestado, corrigido e muito menos repreendido pela Palavra de Deus.
 
No porão de sua alma encontra um grande vazio em suas entranhas. Mesmo assim, insiste que é capaz de limpar o coração apenas com remendos, reformas ou práticas exteriores. Não percebe que o corpo exteriormente só manifesta o que a alma sente interiormente; que a raiz das suas preocupações e perturbações está no seu âmago, aliás, nem se lembra que possui um espírito ou uma alma. Eis o triste estado em que se encontra o homem dos nossos dias.
 
O pecado que o atormenta; que o enfraquece e que adoece seu corpo é fruto de um coração impiedoso, indiferente e insensível com as misérias alheias. O resultado prático de toda sua estultice é uma profunda tristeza, a qual a ciência humana chama de depressão. Diagnosticada, entorpece-se o corpo com medicamentos. Pela segunda vez é aprisionado. Não se livrará tão cedo desses remédios.
 
Falar de Deus, nem pensar; isto é coisa de homens de poucas letras. Cheio de soberba, mesmo que doente da alma, não reconhece que seu juízo é falho, é superficial, é parcial, precário e injusto. A sua vaidade não suporta a idéia de que seus males têm origem em si mesmo. A sua arrogância, mesmo abatida, cansada e destruída, ainda se revolta e enche-se de interrogações. Não silencia, não espera e não serve.
 
Ó insensato, diria o apóstolo Paulo. São cegos guiando cegos. Ò néscios buscai ao SENHOR, enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto. Deixai o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos e se convertam. Torne para o nosso Deus tu que teimas e resiste, porque grandioso é o Senhor em perdoar. Portanto, por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Inclinai os vossos ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá (Isaías, 55.2,3,6-7). Eis o remédio para os males e para que os pecados sejam limpos. AMÉM.  

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